A respiração tem uma grande influência na prática de meditação. Em muitas práticas, para começar, ela é o próprio foco da meditação.
Além disso, existem diversas técnicas de respiração que podem ser consideradas meditação, na medida em que induzem ao estado alterado de consciência e provocam uma introspecção.
Nota: Se quiser se aprofundar nesta prática específica, busque por pranayamas e encontrará muita coisa interessante. Sugerimos o Livro: Pránáyáma, de Swami Kuvalayananda.
Mas, mesmo em tipos de meditações não focadas especificamente na respiração, ela tem uma grande importância para se atingir melhores resultados.
Veja qual é esta importância e saiba mais sobre a relação entre essas duas coisas!
Respiração varia conforme nosso estado emocional
A respiração dos seres humanos varia conforme o seu estado emocional, sendo rápida e superficial em situações de medo e ansiedade e profunda e lenta em situações de relaxamento e prazer.
A respiração do adulto, por exemplo, é tradicionalmente curta e ruim. A dos bebês é muito melhor.
Nascemos sabendo respirar e perdemos essa habilidade com o tempo.
Por isto, vemos mais uma razão para o uso da meditação.
A respiração é a única das atividades do nosso corpo ligada tanto ao consciente quanto ao inconsciente. Ou seja, respiramos de forma inconsciente, sem nem mesmo pensar neste ato e, ainda, nossos pensamentos e emoções influenciam o ritmo da nossa respiração.
Controlando a respiração de forma consciente
Ao mesmo tempo, podemos controlar a respiração conscientemente, mesmo que apenas por um determinado período de tempo.
Quando inspiramos e expiramos profunda e lentamente por algumas vezes repetidas, o sistema nervoso autônomo recebe a informação de que houve uma entrada de um grande fluxo de oxigênio, o que ativa o sistema nervoso parassimpático.
Este movimento induz à desaceleração da respiração, pois o nosso sistema não consegue captar mais oxigênio ou por não precisar mais fazê-lo e, assim, entra em relaxamento.
O sinal que é enviado ao cérebro é que está tudo bem, e por esta razão, há o relaxamento.
Esta é uma forma muito simples e rápida de iniciar um estado de relaxamento.
Como a respiração faz uma conexão entre o inconsciente e o consciente, é importante que se preste atenção ao comportamento mental com intenção de melhorar o fluxo energético da mente, e, como consequência, esta incentive uma respiração mais profunda.
Respiração x Pensamentos x Meditação
Vemos, assim, a importância de se cuidar dos pensamentos, cuidado este que pode ser auxiliado pela meditação.
É muito importante que se tenha consciência das emoções destrutivas como raiva, inveja, ciúmes, medo, etc…
Esses sentimentos levam a um movimento respiratório mais curto, o que leva a uma fragilização do sistema imunológico, por conta do baixo fluxo respiratório.
Assim, vemos que a mente agitada e cheia de emoções destrutivas influencia negativamente a força respiratória e um baixo fluxo respiratório diminui a força do sistema imunológico. Portanto, é muito importante observar as suas emoções e prestar atenção à respiração.
Veja também o fator cíclico: a meditação ajuda a respiração e a respiração ajuda na meditação.
Nota: Sugerimos também como leitura o Livro: A Arte de Respirar, de Dr. Danny Penman.
A meditação induz a uma maior consciência para o corpo, mente e emoções, o que acaba influenciando positivamente o fluxo respiratório. Este processo pode ser simples, bastando contemplar a respiração em silêncio.
Meditar acalma a mente, melhora as emoções e traz mais consciência para a respiração, o que traz mais leveza e saúde com a melhora do fluxo sanguíneo.
Uma boa respiração é um reflexo de boas emoções.